
de volta às origens
Desde minha escolha pelo piano como profissão até meu primeiro encontro com a chave de afinação, mais de 20 anos se passaram. Durante esse tempo atuando como pianista, compositor, arranjador, educador musical, tenho tido a oportunidade de conviver com instrumentos e instrumentistas nos mais diversos ambientes: salas de concerto, estúdios, teatros, salas de aula, e na minha própria casa ;)
Através do piano conheci outras pessoas, culturas e outros países, onde fiz meus estudos formais sobre o próprio instrumento, (Espanha/Málaga) sua construção, afinação e outras competências relacionadas à profissão de técnico afinador. Ainda fora do Brasil (França) comecei a afinar e reparar os primeiros pianos. De retorno ao Brasil, durante quatro anos dei continuidade trabalhando com regularidade em um dos maiores ateliers de piano de São Paulo - A loja de Pianos - e com o tempo atendendo clientes em suas casas, salas de ensaios, igrejas, escolas, etc.
Como alguém ligado a tecnicidades, harmonia musical, propriedades do som e etc, ressalto a importância dos conhecimentos técnicos, os quais vão assegurar o melhor desempenho profissional possível. Tais conhecimentos são a base de qualquer técnico afinador e sobretudo, restaurador. Tendo dito isso, acredito ser (tanto por experiência própria como por razões técnicas) igualmente importante o trabalho cotidiano, poder ver e rever "as mesmas situações", mesmas marcas e modelos de piano agindo e reagindo das mais diferentes formas, de acordo com o toque, o clima, o local, e outras variantes. Sendo assim, esse é um oficio de aprendizado contínuo onde, mesmo um técnico experiente pode se deparar com situações "novas" onde lhe são exigidos tanto o conhecimento técnico, como o empírico.
São esses conhecimentos que procuro expandir e aos quais recorro a cada novo trabalho, cada piano,
agora em terras Lusitanas.
Grande abraço